_para ler ouvindo:
http://www.youtube.com/watch?v=TDGhJDbyhZk&feature=related
"É necessário ter o caos cá dentro para gerar uma estrela"
(Nietzche)
e que ela possa cantar e sorrir,
pequena estrela emaranhada em barbante
toda uma sede de precipícios
e pequenos desastres.
e que ela partindo,
te dê vontade de voltar.
07 abril, 2012
25 março, 2012
A textura da borracha nos meus dedos
__smoooooothy texture
O dia começou muito tarde.
__ontem não queria acabar
A cerveja vai acabar.
A cabeça fervilhando
O peito com um buraco.
Eu não sei de nada. Não entendo de nada que deveria entender, não aprendi nada direito.
Que fracasso.
E se você sangra é porque está vivo.
__o cheiro férrico de sangue
e dor latejando.
__smoooooothy texture
O dia começou muito tarde.
__ontem não queria acabar
A cerveja vai acabar.
A cabeça fervilhando
O peito com um buraco.
Eu não sei de nada. Não entendo de nada que deveria entender, não aprendi nada direito.
Que fracasso.
E se você sangra é porque está vivo.
__o cheiro férrico de sangue
e dor latejando.
A gente toma uma distância.
Aquela distância da segurança e do não incomodar, mas também a distância pra ver em terceira pessoa, saca? Você se dá a chance de olhar aquilo de fora. E depois de dentro de novo, mas com o distanciamento a considerar.
Eu parei e olhei pra suas fotos. Aquelas que já vi uma porção de vezes na saudade.
E, invariavelmente, senti saudade de você.
Você não faz falta - nunca chegou a estar o bastante pra sentir tua ausência. Você me dá uma saudade de vontade, uma coisa estranha a beça.
Eu tento aprender mais de degustar a solidão com você.
Aquela distância da segurança e do não incomodar, mas também a distância pra ver em terceira pessoa, saca? Você se dá a chance de olhar aquilo de fora. E depois de dentro de novo, mas com o distanciamento a considerar.
Eu parei e olhei pra suas fotos. Aquelas que já vi uma porção de vezes na saudade.
E, invariavelmente, senti saudade de você.
Você não faz falta - nunca chegou a estar o bastante pra sentir tua ausência. Você me dá uma saudade de vontade, uma coisa estranha a beça.
Eu tento aprender mais de degustar a solidão com você.
24 março, 2012
Sonhos::: Parte 5__
Depois de uma semana sonhando com a mesma pessoa, com o mesmo tipo e teor de sonhos, eu me senti um tanto quanto culpada. De não estar pensando ou sonhando quanto deveria com quem deveria. (não tem nada de dever à respeito de sonhos, eu sei, mas ainda assim...) Deve ter sido a única vez que consegui guiar minha cabeça a sonhar alguma coisa.
Depois de uns 2 ou 3 dias os sonhos voltaram. Eu senti sua ausência e eles voltaram, pra me atormentar prazerosamente a cabeça, ocasionalmente.
A fuga e o consolo de saudade tinham o mesmo peso nisso.
Faz tempo que eu não tenho um sonho daqueles. Esse tipo de imagem-meio-lembrança inventou de me perseguir acordada, nos momentos mais errados.
Mas irreais, impalpáveis agora, se tornaram sonhos.
20 março, 2012
Sonhos::: Parte 4__
Ele saiu atrás de sonhos de novo.
Talvez estivesse cansado de não ter bem com que sonhar. Ou espaço pra que os sonhos crescessem.
Algo me diz que vou ficar um bom tempo sem vê-lo.
Que nossos sonhos talvez nunca coincidam de novo.
Que essa mentalidade moralista década de 50 pode mesmo acabar matando um espírito como o dele.
Fechei minhas mãos e pedi apenas pra ele esteja bem.
Sua caixinha apertada contra meu peito.
Talvez estivesse cansado de não ter bem com que sonhar. Ou espaço pra que os sonhos crescessem.
Algo me diz que vou ficar um bom tempo sem vê-lo.
Que nossos sonhos talvez nunca coincidam de novo.
Que essa mentalidade moralista década de 50 pode mesmo acabar matando um espírito como o dele.
Fechei minhas mãos e pedi apenas pra ele esteja bem.
Sua caixinha apertada contra meu peito.
18 março, 2012
Dreams::: Part 3__ (that should be 1)
There was a time, when I was pretty much younger, that things were much more easier for me to understand.
The things theirselves were more simple I guess.
I don't know if that is the problem in fact, but I was a kid with big dreams. Somekind of really realistic big dreams (for a kid). As I grow up the dreams were changing, getting smaller, but kind of unrealistic. My job to make them real was never clear to me. The amount of effort, hard working and everything were always a hard thing for me to understand and make real.
So, now, my dreams - and they just keep changing all the time- they have this tendency to be a kind of week. Maybe because they change, maybe because I have somekind of difficult about believe in them, and keep them real. Specially my dreams about people. People is a really hard thing to me. They have their own dreams and things to do therefore don't always offer to open space for your dreams in relation to them.
Loneliness ends up to occupy to much space.
The things theirselves were more simple I guess.
I don't know if that is the problem in fact, but I was a kid with big dreams. Somekind of really realistic big dreams (for a kid). As I grow up the dreams were changing, getting smaller, but kind of unrealistic. My job to make them real was never clear to me. The amount of effort, hard working and everything were always a hard thing for me to understand and make real.
So, now, my dreams - and they just keep changing all the time- they have this tendency to be a kind of week. Maybe because they change, maybe because I have somekind of difficult about believe in them, and keep them real. Specially my dreams about people. People is a really hard thing to me. They have their own dreams and things to do therefore don't always offer to open space for your dreams in relation to them.
Loneliness ends up to occupy to much space.
15 março, 2012
Sonhos::: Parte 2__
Stephan me contou um sonho complexamente biruta e complicado.
da época sem notícias pra ambos os lados,
de solidão agourenta,
de saudade constante.
Pesadíssimo de ouvir e tentar fugir.
Eu estava lá, o futuro estava lá dando as caras também, e aquilo lhe fez bem de certa forma.
Tinha anjos, prelúdios de boas notícias, sobrevivências inusitadas.
O sonho era do Stephan, o peso todo da Camila.
da época sem notícias pra ambos os lados,
de solidão agourenta,
de saudade constante.
Pesadíssimo de ouvir e tentar fugir.
Eu estava lá, o futuro estava lá dando as caras também, e aquilo lhe fez bem de certa forma.
Tinha anjos, prelúdios de boas notícias, sobrevivências inusitadas.
O sonho era do Stephan, o peso todo da Camila.
14 março, 2012
Sonhos::: Parte 1__
Uns dias atrás eu dormi com uma música tocando no fone, com o repeat ligado, ela tocando na minha orelha de novo e de novo...junto com um cansaço incrível de semana de ensaio e tudo mais, aquilo entrou na minha cabeça e se misturou no que eu tava sonhando. De uma maneira muito, muito bizarra que não me lembro ao certo, mas passou de trilha à alguma coisa tocada, e alguém, talvez eu mesma fazendo um arranjo daquilo prum grupo de amigos tocarem. Mas tudo era intenso, confuso, e a música me perturbava de um jeito que não sei descrever. E aquilo foi meio me arrastando, crescendo até eu acordar num golpe, com a música real tocando ainda no fone.
Uns 5 segundos pra entender o que tava acontecendo.
Eu não saberia dizer quantas vezes já ouvi essa música desde que a conheci ano passado. Ela me rendeu uns dois desenhos, e muitas, muitas noites de sono mal-dormidas - da melhor e pior maneira.
Uns 5 segundos pra entender o que tava acontecendo.
Eu não saberia dizer quantas vezes já ouvi essa música desde que a conheci ano passado. Ela me rendeu uns dois desenhos, e muitas, muitas noites de sono mal-dormidas - da melhor e pior maneira.
13 março, 2012
Eu tenho um barquinho de papel encima do meu computador essa semana.
(O mar do meu coração afogaria ele num instante.)
Tem um disco encima da mesa há semanas. Eu não preciso do disco, ele já foi passado pra cá há muito tempo, além de ser carregado pra lá e pra cá no meu mp3.
Ainda sim ele continua ali, depois que peguei pra olhar qualquer coisa no encarte.
Provavelmente porque ele me faz acreditar num laço pequeno e quase imaginário, mas que é bom achar que existe. Porque ele tira um pouco a saudade boba, ou torna-a ainda mais sólida, e na dúvida, eu deixo ele lá.
Eu não entendo, nem o disco, nem o barco.
O primeiro foi um empolgamento só, que ficou meio antigo rápido, antes de eu entender direito. Que eu fiz tudo errado, no tempo errado.
O segundo me pegou totalmente de surpresa.
Eu tenho uma cicatriz besta no braço, de quando nada disso era complicado.
Eu queria guardar o barco.
Eu queria não ouvir o disco um milhão de vezes.
Eu não queria ser uma cretininha solitária.
(O mar do meu coração afogaria ele num instante.)
Tem um disco encima da mesa há semanas. Eu não preciso do disco, ele já foi passado pra cá há muito tempo, além de ser carregado pra lá e pra cá no meu mp3.
Ainda sim ele continua ali, depois que peguei pra olhar qualquer coisa no encarte.
Provavelmente porque ele me faz acreditar num laço pequeno e quase imaginário, mas que é bom achar que existe. Porque ele tira um pouco a saudade boba, ou torna-a ainda mais sólida, e na dúvida, eu deixo ele lá.
Eu não entendo, nem o disco, nem o barco.
O primeiro foi um empolgamento só, que ficou meio antigo rápido, antes de eu entender direito. Que eu fiz tudo errado, no tempo errado.
O segundo me pegou totalmente de surpresa.
Eu tenho uma cicatriz besta no braço, de quando nada disso era complicado.
Eu queria guardar o barco.
Eu queria não ouvir o disco um milhão de vezes.
Eu não queria ser uma cretininha solitária.
03 março, 2012
Eu andei olhando uma porção de coisas velhas esses dias.
Começou comigo querendo achar algum dvd vazio pra gravar uma porção de episódios de Parenthood e esvaziar um pouco meu computador travado. Depois porque estava atrás de umas fotos de 2009 com as meninas para usar num release e não havia meio de encontrá-las a não ser checando uma pilha de dvds, entre os quais eu acabei encontrando fotos que tinha esquecido, cheias de saudades e de gostinho de 'bons tempos' e uma e outra gravação pra lá de importante e/ou definitiva.
Um vídeo meu tocando o terceiro do Dragonetti, as gravações pra Academia, pra Campos, prévias, esse monte de coisas, carregadas de auto-crítica, amargor por decisão alheia e amizades perdidas. Sendo como sou, com um misto de saudades diversas e aquela sensação, benigna mas incômoda, de que as coisas melhoraram, de uma forma ou de outra.
O meu grande problema com coisas velhas, especialmente gravações, não é tanto a auto-esculhambação, mas as minhas reformulações críticas. De maneira geral, conforme o tempo passa e eu forçosamente amadureço e aumento minha experiência musical - tocando, tendo aulas e absorvendo as dinâmicas de didática minha e dos outros e coisas assim - eu mudo minha visão sobre as minhas próprias coisas, e sobre como os outros deveriam vê-las ou ter julgado-as quando tiveram que fazê-lo. Quase sempre eu fico mais brava, é claro. De uma maneira diferente, menos fúria e mais razão, que na época do que quer que seja, mas ainda assim, mais brava. De uma maneira mais sólida. Mais profissional, ousaria dizer. Eu pendo a entender mais aquela raiva de professor, sabe? Quando seu professor fica puto por você (não com você, mas com alguma coisa que te fizeram)? Uma coisa assim.
Quanto mais você vê, aprende e convive com pessoas diferentes, experiências diferentes, mais você desentende a intolerância de alguns profissionais. É estranho, porque você tem certeza que eles passaram por aquilo também, e por coisas ainda mais deslumbrantes que você ainda não chegou a passar, e se pergunta como podem ser tão cretinos mesmo assim.
Foram conclusões básicas da semana:
-algumas coisas nunca mudam
-algumas pessoas usam sempre os mesmos truques e, lamentavelmente, sempre tem alguém novo pra cair
-camaradagem e amizade no meio musical podem tornar-se coisas bem nocivas
__maaas, diante de tudo isso, pare e reflita sobre si mesmo, e as últimas muitas mudanças que você sofreu desde que se distanciou dessa cambada.
Sorria, agradeça e vá pra casa estudar.
Você foi salva, dessa e de muitas vezes, por pessoas incríveis.
Você não é mais daquele jeito, nem cai nos velhos truques, e com certeza tem coisas muito melhores e mais malucas e detalhistas pra pensar e trabalhar. Você está salva. E precisa cuidar pra manter-se assim, mas vai ficar bem..
Foi uma semana complicadamente interessante.
De auto-controle pessoal com surtos de carinho e saudade.
De desespero físico com a não compreensão do que se passa com o próprio corpo.
De lugar novo pra tocar e toda uma empolgação (bastante esquecida) com isso.
De rotina nova, de início de auto-disciplina mais que necessária e planos e agendas.
De encarar as próprias limitações e que se está disposto a mudar isso.
__e que, ainda melhor, se está empolgado pra fazê-lo
Sim, eu tenho amigos incríveis. Professores incríveis. Uma sorte tremenda.
Começou comigo querendo achar algum dvd vazio pra gravar uma porção de episódios de Parenthood e esvaziar um pouco meu computador travado. Depois porque estava atrás de umas fotos de 2009 com as meninas para usar num release e não havia meio de encontrá-las a não ser checando uma pilha de dvds, entre os quais eu acabei encontrando fotos que tinha esquecido, cheias de saudades e de gostinho de 'bons tempos' e uma e outra gravação pra lá de importante e/ou definitiva.
Um vídeo meu tocando o terceiro do Dragonetti, as gravações pra Academia, pra Campos, prévias, esse monte de coisas, carregadas de auto-crítica, amargor por decisão alheia e amizades perdidas. Sendo como sou, com um misto de saudades diversas e aquela sensação, benigna mas incômoda, de que as coisas melhoraram, de uma forma ou de outra.
O meu grande problema com coisas velhas, especialmente gravações, não é tanto a auto-esculhambação, mas as minhas reformulações críticas. De maneira geral, conforme o tempo passa e eu forçosamente amadureço e aumento minha experiência musical - tocando, tendo aulas e absorvendo as dinâmicas de didática minha e dos outros e coisas assim - eu mudo minha visão sobre as minhas próprias coisas, e sobre como os outros deveriam vê-las ou ter julgado-as quando tiveram que fazê-lo. Quase sempre eu fico mais brava, é claro. De uma maneira diferente, menos fúria e mais razão, que na época do que quer que seja, mas ainda assim, mais brava. De uma maneira mais sólida. Mais profissional, ousaria dizer. Eu pendo a entender mais aquela raiva de professor, sabe? Quando seu professor fica puto por você (não com você, mas com alguma coisa que te fizeram)? Uma coisa assim.
Quanto mais você vê, aprende e convive com pessoas diferentes, experiências diferentes, mais você desentende a intolerância de alguns profissionais. É estranho, porque você tem certeza que eles passaram por aquilo também, e por coisas ainda mais deslumbrantes que você ainda não chegou a passar, e se pergunta como podem ser tão cretinos mesmo assim.
Foram conclusões básicas da semana:
-algumas coisas nunca mudam
-algumas pessoas usam sempre os mesmos truques e, lamentavelmente, sempre tem alguém novo pra cair
-camaradagem e amizade no meio musical podem tornar-se coisas bem nocivas
__maaas, diante de tudo isso, pare e reflita sobre si mesmo, e as últimas muitas mudanças que você sofreu desde que se distanciou dessa cambada.
Sorria, agradeça e vá pra casa estudar.
Você foi salva, dessa e de muitas vezes, por pessoas incríveis.
Você não é mais daquele jeito, nem cai nos velhos truques, e com certeza tem coisas muito melhores e mais malucas e detalhistas pra pensar e trabalhar. Você está salva. E precisa cuidar pra manter-se assim, mas vai ficar bem..
Foi uma semana complicadamente interessante.
De auto-controle pessoal com surtos de carinho e saudade.
De desespero físico com a não compreensão do que se passa com o próprio corpo.
De lugar novo pra tocar e toda uma empolgação (bastante esquecida) com isso.
De rotina nova, de início de auto-disciplina mais que necessária e planos e agendas.
De encarar as próprias limitações e que se está disposto a mudar isso.
__e que, ainda melhor, se está empolgado pra fazê-lo
Sim, eu tenho amigos incríveis. Professores incríveis. Uma sorte tremenda.
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