09 agosto, 2011

ouvindo a mesma música,
mais uma, outra e todas as vezes.
é estranho ouvir minha própria voz,
não é como ouvir músicas-vício da semana,
é como estar tocando e cantando de novo e de novo
com a certeza de que sei exatamente do que a letra fala
(não aquela sensação meio ilusória que temos com as tais músicas que ficamos viciados pelo momento)
vendo fotos de novo e de novo, sorrindo com as mesmas,
achando pedaços de nós em outras,
lembrando, sentindo, querendo.
sorrindo e quase chorando.
pode ser a maior bobagem, pode ser que esteja exagerando, que não seja nada disso do outro lado,
que não tenha nenhuma saudade recíproca, pode ser até da minha acabar passando.
mas agora acho que não.
agora quero pensar que é tudo verdade,
que você não se esqueça,
que você apareça,
que eu vá correndo te dar um abraço.
agora eu posso imaginar o que quiser, achando um barato pensar que pode mesmo ser de acontecer,
agora posso inventar viagens pra quantos anos forem no futuro,
procurar passagens em promoção pra logo mais,
achar que tem coisas em comum demais
e que as de menos só tornam isso mais interessante.
hoje posso pensar que não tem nada de perfeito pra se encontrar no mundo,
mas também que coisas boas aparecem
mesmo que demorem tanto tempo que você fique meio ressabiado à princípio
hoje posso pensar que as coisas boas são perfeitas.
(porque são o mais próximo disso que se pode achar)
posso estar me sentindo sozinha como nunca
e ainda gostar tanto do porque a ponto de parecer que vale mesmo a pena.
hoje posso dormir tarde,
posso não dormir,
esperar uma notícia,
tirar férias de pensar em grandes planos e cuidar do agora.
hoje posso voltar a acreditar em uma porção de coisas bonitas,
posso voltar a sonhar e querer,
posso reler suas palavras,
me deparar com a tristeza (tanta) e então estamos mais próximos.
posso pensar que no fim das contas as coisas dão certo,
querendo, amando, sonhando,
e você nem está aqui, e pode até já ter esquecido,
mas pode ser também que não.
então você volta, eu volto,
e tudo vai ser mais engraçado.
então eu te vejo, busco sua mão, e sorrio pensando,
você não está aqui e está em toda a parte.

06 agosto, 2011

Duas coisas boas nasceram hoje - 2 músicas ganharam suas primeiras versões.
uma delas com direito ao meu pai no bandolim - o que rendeu um toque Bob Dylan brazuca bom demais pra ela.

a coisa difícil mesmo foi perceber que a saudade é maior do que gostaria que já fosse - e há dias já é assim - que o carinho é maior do que você tinha percebido, e que as palavras são mais de verdade do que você gostaria que fosse.
"And even if you're gone to long before me there's no way i can see why to not stay right here" é provavelmente das frases mais dolorosamente verdadeiras que escrevi sobre alguém na minha vida - não porque ser exageradamente dramática, mas veredicamente dramática.



e essa saudade sem meio de comunicação? como faz?....

05 agosto, 2011

'hey slave, can you please help me to bring some chairs to make a stool to me?'

obvisiously he wasn't my slave for real. and even more obvisiously he didn't help with that because he had to do some absurd other function that was his job.
but he carried me on his shoulders for two weeks and made me remember things i've forget for too long and to forget things that really don't worth enough to provoke all the stress usually do on me

he made me have the wish to believe again.
and someday i've just started.