26 abril, 2010

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Meus olhos te viram triste
Olhando pro infinito
Tentando ouvir o som do próprio grito
E o louco que ainda me resta
Só quis te levar pra festa
Você me amou de um jeito tão aflito

Que eu queria poder te dizer sem palavras
Eu queria poder te cantar sem canções
Eu queria viver morrendo em sua teia
Seu sangue correndo em minha veia
Seu cheiro morando em meus pulmões
Cada dia que passo sem sua presença
Sou um presidiário cumprindo sentença
Sou um velho diário perdido na areia
Esperando que você me leia
Sou pista vazia esperando aviões
Sou o lamento no canto da sereia
Esperando o naufrágio das embarcações
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__Esperando Aviões::Vander Lee

25 abril, 2010

é uma sensação bem ruim voltar pra casa sem ter pra quem contar uma coisa legal que aconteceu-é das que mais dói e me lembra todas as ausências e fins dos últimos tempos. sei de tudo q é necessário no momento, em termos de me focar e estudar, mas parece que aí que fica mais complicado, por já ter tido os dois...

e bate saudade de casa, vontade de tomar café tarde da noite, de ter as preocupações de outro pra te distrair das suas próprias. vontade de fugir pra onde ninguém me encontre - nem meus próprios sentimentos...

18 abril, 2010

eu tenho muitas saudades de você.


assim, todo dia e outros mais...
e às vezes custo a entender o que já parecia conformado.
mas então volto a assistir certas coisas, com um vinho a tiracolo, e tudo faz-se sentir como ontem.
e tenho muitas saudades de você.
sabe aqueles dias em que são nos dados cinco mil sinais d que não devemos fazer aquela coisa que estamos indo fazer?
saímos de casa, perdendo o horário, o ônibus não passa e de repente vc pensa: meu, não é pra eu ir, alguma coisa vai acontecer.
e no meu caso, senhora da teimosia, isso só serve pra eu realmente ir e querer saber qual é que é...

e então a alguma coisa acontece. e vc pensa aaaaaah, era isso então!
mas não dá mais pra fugir.

passei por uma dessas hoje. e até que fingi bem, mas nem tanto que não tava me importando, assim taanto.
na real? ando cansada e muuuito, e dessa história de gostar, de sentir saudade, da falta tamanha que surge no meu peito qdo vou tomar um café...
raiva imensa dos meus próprios sentimentos, da maneira como dói meu coração, como sinto muita falta e tudo me soa de maneira exagerada...sei lá, não sei se algum dia vou mesmo pôr na cabeça de de fato não me importar..

isso foi a coisa que mais me machucou essa semana, como, apesar de tudo, eu não consigo não me importar. como eu me machuco, sofro, como eu saio com vontade de chorar.
várias coisas, vários assuntos, a mesma falta de saber lidar....
sei lá. às vezes queria mesmo crescer pras coisas. pra não me arrebentar de dor no coração sempre...
pra relevar, pras coisas serem tipo foda-se, nunca consigo isso de fato...


no final das contas, machuca o que eu já sei que não vale a pena, a dor de uma saudade sem sentido, um quê de traição que nunca aconteceu, um adeus de muito tempo que parece ainda agora.

05 abril, 2010

"
Vai, se você precisa ir
Não quero mais brigar esta noite
Nossas acusações infantis
E palavras mordazes que machucam tanto
Não vão levar a nada, como sempre
Vai, clareia um pouco a cabeça
Já que você não quer conversar.
Já brigamos tanto
Mas não vale a pena
Vou ficar aqui, com um bom livro ou com a TV
Sei que existe alguma coisa incomodando você
Meu amor, cuidado na estrada
E quando você voltar
Tranque o portão
Feche as janelas
Apague a luz
e saiba que te amo...
"

Legião::Quando Você Voltar__





de repente parar pra prestar atenção na música que está ouvindo, e lembrar de muitas coisas - daqueles momentos de identificação repentina.
deu saudade. não das brigas, mas daquele todo que amava tanto.
tem dias que bate mesmo saudade, que vem coisas à cabeça, que parece que tudo é tão triste ultimamente, que quase esqueço de todos os problemas que houveram...mas é por pouco.

Sempre que volto pra casa, ainda mais em momentos assim, meio de correria, de ir até lá matar a saudade, eu penso muito em tudo isso de gostar tanto de alguém. nesses sonhos de encontrar alguém, e ter uma história bonita, que mesmo complicada, continua vida afora. das coisas normais que a gente conversa, e tanto amor se percebe, é uma coisa meio rara mesmo. Com tudo de difícil, continuo desejando uma coisa assim, e ultimamente tenho achado que isso já não vai mais acontecer, já não acho mais nada, acredito menos ainda, e isso tem me doído muito...

Fiquei ali conversando com minha mãe, vendo a xícara de café na mão do meu pai, e ouvindo das pequenas atitudes que fazem muito, e pensando se ia mesmo poder viver coisas que seriam tão bacanas com eles, aquelas imagens bobas de visitas de fim de semana, de levantar criança pelo braço e tudo isso...



Tem dia que dói o peito de tanto gostar - uma vontade besta dos sorrisos, uma satisfação absurda com um abraço... falas soltas de ciúmes, toda tristeza do mundo em um segundo e um até logo, vai passar....
e passa até.
mas no fim do dia tem a saudade, a vontade repentina de tomar um café, talvez uma sopa...
sim, tem dia muito difícil.
talvez, nos últimos, com coisas novas pra fazer, pensar, estudar, ande um pouco melhor no lidar com isso. talvez até consiga fingir que aprendi a lidar com isso.
mas seria tão melhor tê-lo do lado, do jeito que fosse pra ser.

03 abril, 2010

por que é que chove?
por que é que estou aqui,
e você logo lá,
em um espaço tão grande de corações apertados?
por que é que nunca aprendo a me apaixonar por algo minimamente cabível?

por que é que crio de repente expectativas
com o que não tem o menor cabimento?
por que tanto choro de saudade
se tanta risada qdo você está?

por que tanto pensar,
por que más escolhas, por onde mais difíceis caminhos
por que sempre pra longe
e cada vez mais...
porque tão perto às vezes e depois nunca mais...

eu não entendo.
eu nunca aprendo o bastante.
eu não me conheço bem pra saber
quando é que vou conseguir parar com isso
de sofrer pelo que não leva à nada

eu queria que um dia eu acordasse de repente
e tivesse esquecido tudo.
não houvesse passado
nem momentos bonitos
nem vontade do de novo nem de nada.

01 abril, 2010

Eu tenho uma certa tendência a relações unilaterais.
então eu me acostumei com certas coisas, a ponto de quase não me magoar mais, mas me machuco sempre.
É um negócio complicado e meio triste esse...

não sei bem de onde saiu essa sina de buscar incansavelmente pela atenção de quem não quer dar, às vezes penso que nem com análise pra entender essas histórias...

Não é que eu não perceba, nem que não aprenda com tudo que acontece.
Tem dias que eu acordo e parece que não preciso de nada daquilo, que tudo vai se resolver passando simplesmente. aquela alegria boba sem motivo que bate na gente de vez em quando.
Mas tem outros, e eles são muitos mais que os anteriores, em que uma saudade enorme me domina o peito. às vezes é de uma coisa pequeninha, noutras tudo fico embaçado na cabeça, e algumas tão somente uma vontade louca de tomar café...
Eu não perco minha convicção nunca, das coisas todas que vou colocando na cabeça ou determinando ao longo do processo - eu continuo pensando, e sabendo, e com isso, pelo menos ultimamente, eu consigo voltar pro necessário e pro agora, pra aquilo tudo que preciso fazer por mim- e esquecer um pouco do que não consigo resolver.

Eu sou, na boa definição de Elizabethtown, uma pessoa substituta.
por isso talvez, meu ímpeto de querer aproveitar enquanto posso - porque sei que meu lugar tem sempre um tanto de provisório, e tão logo vem alguém que ocupa oficialmente o que nunca me pertenceu.

Eu nem sei mesmo se posso com tudo isso, o quanto daria conta de qualquer coisa hoje, ou na minha vida em frente, porque não sei mesmo como tudo acabou ficando dentro de mim depois de tanto que aconteceu..
eu sei de tudo que eu quis fugir, de quanto já neguei, da confusão toda que se passou.
eu nem o quanto claro é tudo agora...

Mas queria poder lhe fazer promessas, lhe contar um sonho bonito, e de qualquer coisa tola ou fantástica que me acontece. queria ser teu pássaro, queria fugir pela janela dos meus próprios pensamentos.
te fazer esquecer, te fazer vir comigo, se deixar viver, te fazer sorrir.
triste mesmo é que o problema disso tudo é querer...


"
I'm not the tiger, he never had,
I'm not the first hit when you got it bad.
I'm not your second, I'm not your third but
I'll be your bird.

I'm not your Chesnutt,
I'm not your Mould,
I'm not your DJ on late night radio,
I'll be the first one to ask where you were,
I'll be your bird.

Then when there's no one to care,
I could protect like I've always been there,
I'll become your bear.

I'll sing statistics, & hide the truth,
I'll tell your dad anything that you want me to,
I'll hide your locket under the dirt,
I'll be your bird.
"
___M. Ward::I'll Be Your Bird