01 setembro, 2010

De volta de cinco dias de trabalho deveras prazerosos em Cuiabá, caindo na real em São Paulo.

Tenho viajado bastante esse ano e devo dizer que estou adorando. Sempre gostei de viajar, e acho q essa é a única coisa que em todos os momentos da minha vida, independente do que estivesse em meu sonhos, ambições ou na vida corriqueira, sempre esteve em meus planos.

e nas circunstâncias atuais, tem sido as maiores oportunidades de reflexão e auto-conhecimento possível - parece que neste ano as coisas estão começando a acontecer, e tenho vivido isso essencialmente sozinha, sempre com os melhores amigos do mundo, a família mais presente mesmo à distância, mas na prática sozinha. e resolvi mesmo encarar isso da melhor maneira de aprendizado - vamos aprender a fazer as coisas sozinha, planejar a viagem, pegar táxi, cuidar de estudar e preparar as coisas da própria vida.

Claro que tem uma dezena de momentos de saudade, de morrer de vontade de pegar o telefone e ligar pra pessoa mais inapropriada do mundo - e os momentos da mais doída solidão.

mas acho que esses tem sido os que mais tem me ensinado.

Em meio à tudo isso, aprendendo demais, conhecendo pessoas fantásticas, me divertindo um bocado.

Devo dizer, é ótimo estar gostando tanto de estudar e de trabalhar com o que eu trabalho. Ainda que na rotina a parte de trabalhar ande difícil e até revoltante mesmo, tem havido esses momentos excepcionais de identificação e alegria. E acho que tem que ser bem por aí - a gente tem o privilégio de fazer uma coisa que a gt ama e através da qual podemos viver tudo - a mais arrebatante alegria, a tristeza mais sentida, os momentos de espôntanea empatia, tudo isso numa coisa que temos a sorte de viver todo dia - então temos mais é que aproveitar. e achar meios pra isso, pra se divertir e continuar amando fazê-lo.





Em algum momento no meio de julho, eu comecei a pensar muito sobre as coisas que andava sentindo com música - sentimentos realmente intensos, uns lances de prazer, umas dores de coração, sensações de abalar a espinha mesmo - tocando, tentando expressar e principalmente ouvindo (convenhamos, foi um mês privilegiado em termos de ouvir alguém tocando intensamente) ; e se seria possível eu voltar a sentir isso em relação às pessoas diretamente. Fiquei meio com medo mesmo de como talvez não volte a sentir isso por alguém.

A verdade é que eu tive uma sorte enorme de ter vivido o que eu vivi já.

A parte triste é que, e tenho plena consciência disso, o desfecho, e o processo todo mesmo, me deixou com um medo absurdo de amar as pessoas. não de maneira geral, pois acho que num aspecto positivo me fez valorizar mt mais meus amigos realmente próximos e valoros. mas no quesito conhecer pessoas novas, confiança, apaixonamento, nossa, nisso eu fiquei com três pés atrás.


E por mais contraditório que isso soe, posso dizer que tive a honra de conhecer, no melhor termo que encontrei, almas irmãs nos últimos tempos. aquelas pessoas mais que especiais que mudam tua vida e seu gosto de viver em dias?
pra te dar um norte, um guia, uma vontade absurda de fazer isso direito ou pra te fazer rir e perceber o quanto a vida precisa ser vivida - e agora. te inspiram a viver mesmo - e isso é bonito demais.

Então me vejo deixando um pedacinho do meu coração em cada canto, nesses seres lindos de quem morro de saudade assim que tomo o metrô e em outros que vou conhecendo pelo caminho. me permitindo toda a vida e pequenos e grandes apaixonamentos de todos os dias. toda a saudade quase boa de sentir, todos os sorrisos mais livres e descompromissados, todas as canções e solos mais bonitos e empáticos - tudo e uma coisa de cada vez ao mesmo tempo.

2 comentários:

Cid disse...

Esta espontaneidade expressa em palavras claras é cativante.
Parabéns pela liberdade emotiva, e peço perdão por minha ousadia em ler e comentar seu blog.

::Lonely Billie__ disse...

as palavras são para serem lidas =)
obrigada pela visita e pelo comentário Cid!