20 maio, 2008

Carrego meu coração
numa sacola
mundo sólido
mundo sórdido
desmundo dos q carregam ocultos seus frágeis corações
corações de papel reciclável
de juto de cinza
de infinita vontade de fugir do mundo.
Na esquina há um pássaro
que fugiu
há um caco,
toda a vontade de mudar,
de novo.
Há um rastro do que foi passado
do que foi passando
do que teimamos,
de novo.
E meus sonhos
e os pontos que caíram no caminho
e gastaram nosso fôlego
e geraram nossa mágoa,
e fomos enfim,
passados por pássaros em
sacolas de plástico.

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