08 maio, 2008

Correm dois braços, fazendo ecoar a calçada, o fim de tarde, a passagem, o verso que correu sem um fim preciso. No começo da noite podemos moldar um abraço, podemos fingir um acaso, ou sentar, por ter com quem esperar mais um pouco.
A partir de ontem é tudo culpa do inverno (ainda que ele de fato não tenha chegado)
a musculatura que trava, o gélido de nossas mãos, a insuportável vontade de hibernar enquanto 3 meses correm lá fora.
despracavidamente como de constante costume, corro pra me acostumar com meus próprios sentimentos. porque de habitué surgem cinco ou seis por segundo, coisas muito misturadas e minha cabeça geralmente não dá conta de administrá-los todos.
Cotidianamente surgiram boas coisas pra eu pensar e passar ainda que pequenos intervalos.
foram muito bons alguns dos últimos dias

precipitada por natureza eu sonho muito por muito pouco....eu fujo descaradamente do constrangimento, mas me abalo pelo gosto de uma companhia muito boa de repente. eu saboreio coincidências, e fico esperando a surpresa do amanhecer. os amanheceres são iguais e constantes, os dias são longos, e algumas tardes incrivelmente divertidas.
guardo pequenos sonhos em dias parecidos e rio das guinadas de um começo de noite.
como eu gosto de gostar de encontrar alguém. eu não espero o telefone, mas espero pra falar por horas e horas e horas...



Sexo verbal não faz meu estilo
Palavras são erros, e os erros são seus
Não quero lembrar que eu erro também
Um dia pretendo tentar descobrir
Porque é mais forte quem sabe mentir
Não quero lembrar que eu minto também
Eu sei
Feche a porta do seu quarto
Porque se toca o telefone pode ser alguém
Com quem você quer falar
Por horas e horas e horas
A noite acabou, talvez tenhamos que fugir sem você
Mas não, não vá agora, quero honras e promessas
Lembranças e histórias
Somos pássaro novo longe do ninho
Eu sei

...........................::::::::::Eu Sei.::::::::Renato Russo

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